Comecei por pensar em ti, no quanto podias mexer os meus sentimentos. Ainda escrevi bastante. Talvez, por te contar um pouco de mim, da minha vida e de gostar daquilo que escrevia, acabei por ficar obcecada e querer-te a todo o custo. Já passou algum tempo mas, ainda te desejo. Sabes bem o significado de espírito de alma. Sabes bem o quanto eu sou romântica. Sabes bem o que eu desejava. Oh, claro que sabes. Afinal, eu contei-te certo? Ontem, vi um filme lindíssimo. E pensei em ti… chamava-se “O Diário da Nossa Paixão”. Sinto saudades tuas. Sinto saudades de falar contigo e dizer-te o que sinto. Saudades de ti, da tua compreensão, de tudo o que me transmitias, sem ser preciso uma única palavra, um gesto ou qualquer outro tipo de comunicação. Bastava eu falar, bastava eu escrever. Sentia-me bem em faze-lo porque tu transmitias-me segurança no que te dizia. Contei-te a história dele e dela, lembras-te? Oh… o quanto me fazias rir de mim. Podia estar tudo contra mim, contra as minhas atitudes e vontades mas sentia-me tão segura contigo. E foste tu quem nunca me julgou por amar demais e me deu força para seguir em frente, sempre sem medo. Hoje decidi desligar-me do mundo. Acreditas? Optei por passar a tarde a pensar em ti e falar de ti e supor que estamos numa daquelas nossas longas conversas, em que te conto tudo e tu limitas-te a saber de mim. Fazes-me falta. E hoje a tristeza bateu tão, mas tão forte no meu peito que não bastava chorar… tinha mesmo de falar em ti e pensar em ti. Porque tu, sim tu, és o meu único “calmante”. Continuo a ler aqueles meus romances. A sério. E alguém disse: -“A pessoa certa é aquela que quer mesmo ficar connosco. Tão simples quanto isto. Às vezes demasiado simples para as pessoas perceberem. O que transforma um homem vulgar no nosso príncipe é ele querer ser o homem da nossa vida (…) Ouve-nos com atenção e carinho porque se quer habituar à música da nossa voz e entra-nos no coração bem devagar, respeitando o silêncio das cicatrizes que só o tempo pode apagar. Pode parecer menos empenhado ou sincero do que os antecessores, mas aquilo a que chamamos hesitação ou timidez talvez seja apenas uma forma de precaução para ter a certeza que não se vai enganar.” Lembras-te da minha promessa? Ainda não consegui cumpri-la ate ao fim (tu conheces-me e já sabias q ia acontecer) mas de certa forma não tenho culpa! Eu ainda não o encontrei, para não falar que te perdi também. Por onde andas? Gostava de te poder escrever. Mas não sei mais de ti, nem tu sabes de mim. O destino faz sempre por nos surpreender. Quanto a nos, fez questão de nos afastar! Mas sabes? Tenho esperança de te encontrar e trazer-te, aos pouquinhos, de novo para a minha vida.