sábado, 23 de outubro de 2010

Hoje em dia ...

"Você deixou os seus sonhos para que eu sonhasse. Derramou lágrimas para que eu fosse feliz. Você perdeu noites de sono para que eu dormisse tranquilo. Acreditou em mim, apesar dos meus erros. Ser educador é ser um poeta do amor. Jamais esqueça que eu levarei para sempre um pedaço do seu ser dentro do meu próprio ser...."
Existe uma ausência na aprendizagem da estrutura discursiva, no empenho afectivo. As pessoas não falam de si mesmas, têm medo de se expor, vivem bloqueadas e isoladas no seu próprio mundo.
"Pais e filhos vivem isolados, raramente choram juntos e falam dos seus sonhos, mágoas, alegrias, frustrações. (...) Um excelente educador não é um ser humano perfeito, mas alguém que tem serenidade para se esvaziar e sensibilidade para aprender"
Os chamados pais brilhantes contribuem para o desenvolvimento de auto-estima, protecção de emoção, para a capacidade de trabalhar (com os seus filhos) perdas e frustrações, de filtrar estímulos mas, acima de tudo, de dialogar e de ouvir.


Dias ausentes fumentam sentimentos abstratos e almas perdidas, vidas sem sentido e solidão.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Conversa de cafés



Começo a ficar saturada da consciência do senso comum.
Hoje, o meu carro avariou e,  como acordei com o tempo calculado para a viagem de carro, não tive a possibilidade de ir para a faculdade.
Já que tinha acordado não ia voltar para a cama, obvio. Então decide-me a ir a um café tomar o meu pequeno-almoço.
Conclusão, estava eu a comer descansada da vida quando uma fulana se decidiu a fazer as suas interpretações sobre os beneficiários de qualquer tipo de rendimentos.
“Isto é tudo uma pouca-vergonha, anda esta gentinha a receber dinheiro sem exercer uma actividade. Os rendimentos deviam ser todos cortados porque é uma falta de respeito andarem a receber o dinheiro dos nossos descontos para a boa vida e rejeitarem empregos. Na minha altura não existiam subsídios. Ou se trabalhava ou não se recebia, ponto. ”
Uma outra senhora responde:
“Mas a senhora não pode falar desse modo. Porque não conhece a situação das pessoas e sabe muito bem que uma pessoa, por exemplo, de 50/60 anos muito dificilmente consegue voltar a trabalhar. Esta vida está difícil e se não fossem as reformas como podiam garantir o seu dia-a-dia?”
A outra responde:
“No tempo que eu já vivi, a uns largos anos atrás, ninguém estava seguro com reformas, pensões ou qualquer outro tipo de rendimentos. Tinham de trabalhar e se não o fizessem limitavam-se a não receber. E anda muita juventude atrás dos rendimentos e a fazerem-se de coitadas para receberem o RSI. Como lhe disse uma pouca vergonha…”
Eu disse: “Chega…” e saí muito perturbada e revoltada com a mentalidade desta gente. Ninguém se dá ao trabalho de ter um pouco de conhecimento em vez de falar por meias palavras, por aquilo que lhes disse o vizinho? Por favor… todos temos, graças a deus, um cérebro que nos permite adquirir inteligência. Claro que nem todos somos iguais mas todos temos capacidade para pensar.
Mas que pessoas são estas que só olham para o seu umbigo? O que seria da população se não existissem, de facto, estes pilares da sua sobrevivência? É preferível ficarmos todos abaixo do limiar de pobreza? O que aconteceria com o social?
Este tipo de pessoas pensa apenas por si. Porque felizmente não têm histórias de vida complicadas que as sujeitassem a um estilo de vida crítico, carenciado de qualquer tipo de ajuda da segurança social. E, já que falo de segurança social, se realmente a população deixasse de beneficiar de esse tipo de subsídios ou seja, se desaparecesse a dita cuja SEGURANÇA SOCIAL, o que seria do nosso país? Gostam da ideia de maior criminalidade? Insegurança? GUERRAS CIVIS?
Por favor. Não sou obrigada a suportar este tipo de pensamentos. Muito menos este tipo de comentários sem fundamentos, ou melhor, sem conhecimento cientifico. As pessoas limitam-se a julgar e não tentam perceber as causas de tais situações.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010


"Se você conseguir fazer seus filhos sonharem, terá um tesouro que muitos reis procuraram e não conquistaram
(...)
Há um mundo a ser descoberto dentro de cada criança e de cada jovem. Só não consegue descobri-lo quem está encarcerado dentro do seu próprio mundo."

Augusto Cury


Existem tematicas carenciadas de um trabalho arduo mas que, infelizmente, são esquecidas.